A comunicação com clientes e potenciais clientes é essencial para o sucesso de qualquer escritório de advocacia. Entre as estratégias permitidas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a mala direta é uma ferramenta que, quando utilizada de forma ética, pode ser bastante eficaz.
Mas o que é mala direta na advocacia? Como aplicá-la sem infringir as normas do Código de Ética? Neste artigo, você vai descobrir o conceito, as vantagens e as boas práticas dessa estratégia.
O que é mala direta?
A mala direta é uma forma de comunicação direcionada, enviada a um grupo específico de pessoas, geralmente por e-mail ou correspondência física. Ela tem como objetivo informar o público sobre serviços, novidades ou temas relevantes, sempre de forma personalizada.
No caso da advocacia, a mala direta pode ser usada para:
- Enviar conteúdos educativos sobre mudanças na legislação.
- Informar clientes atuais sobre o andamento de processos ou novidades do escritório.
- Atualizar contatos profissionais sobre áreas de atuação e serviços disponíveis.
A mala direta na advocacia é permitida pela OAB?
Sim, a mala direta é permitida, desde que siga as diretrizes éticas da OAB. O Código de Ética e Disciplina prevê que a comunicação do advogado deve ser:
- Discreta: Sem exageros, promessas ou tom mercantilista.
- Informativa: Voltada para esclarecer dúvidas e oferecer valor, sem caráter publicitário agressivo.
- Respeitosa: Deve ser enviada apenas a pessoas que tenham autorizado ou demonstrado interesse em receber o material.
Por isso, a mala direta na advocacia não pode ser utilizada para captar clientes de forma ostensiva, como o envio massivo e indiscriminado de mensagens. A abordagem deve ser sempre informativa e profissional.
Como utilizar a mala direta de forma ética na advocacia?
1. Estabeleça o público-alvo
A mala direta deve ser enviada a um grupo segmentado e relevante, como:
- Clientes antigos ou atuais do escritório.
- Parceiros profissionais.
- Pessoas que autorizaram o envio de informações, como inscritos em newsletters ou eventos.
Evite enviar mensagens para listas de contatos desconhecidos ou compradas, pois isso pode ser considerado antiético e invasivo.
2. Escolha temas relevantes
O conteúdo da mala direta deve ser informativo e útil para o público. Alguns exemplos incluem:
- Alterações na legislação: Explicar como mudanças podem impactar o cliente.
- Artigos educativos: Fornecer insights sobre áreas específicas do direito.
- Atualizações do escritório: Informar sobre a expansão de serviços ou áreas de atuação.
Lembre-se de que o foco é educar e fortalecer a relação de confiança, e não promover o escritório de maneira agressiva.
3. Utilize ferramentas adequadas
Para enviar mala direta de forma profissional, você pode utilizar ferramentas digitais como:
- E-mails personalizados: Plataformas como MailChimp ou RD Station ajudam a criar campanhas organizadas e segmentadas.
- Correspondências físicas: Cartas formais podem ser enviadas para eventos especiais ou comunicados importantes.
Certifique-se de que todas as ferramentas utilizadas estejam em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
4. Inclua uma identificação clara
Deixe evidente que a comunicação é do seu escritório, incluindo:
- Nome e contato do escritório.
- Informações institucionais relevantes, como áreas de atuação.
- Um convite discreto para entrar em contato ou acessar mais conteúdos.
5. Respeite a frequência de envio
Não envie mensagens em excesso. A frequência ideal depende do conteúdo e do público, mas, geralmente, uma comunicação mensal ou trimestral é suficiente para manter o engajamento sem ser invasivo.
6. Permita que o destinatário opte por sair
Sempre inclua uma opção para que o destinatário possa solicitar o descadastramento das mensagens. Isso é obrigatório pela LGPD e reforça a postura ética do escritório.
Benefícios da mala direta para escritórios de advocacia
1. Fortalece o relacionamento com clientes
A mala direta mantém os clientes informados e conectados ao escritório, criando uma relação de confiança e fidelidade.
2. Ajuda a demonstrar autoridade
Enviar conteúdos educativos e informativos posiciona o escritório como referência em sua área de atuação.
3. Alcança um público segmentado
Por ser direcionada, a mala direta atinge pessoas que já têm interesse em seus serviços, aumentando a relevância da comunicação.
4. Gera oportunidades de negócios
Embora não seja uma ferramenta de captação direta, a mala direta pode incentivar clientes antigos a retornar ou parceiros a recomendar seus serviços.
Cuidados ao utilizar a mala direta na advocacia
Evite enviar mensagens comerciais ou com tom promocional.
- Não use expressões como “os melhores advogados” ou “garantimos resultados”, que são proibidas pela OAB.
- Respeite o sigilo profissional e nunca compartilhe informações confidenciais em comunicações amplas.
A mala direta na advocacia é uma ferramenta poderosa para fortalecer a relação com clientes e parceiros, desde que utilizada de forma ética e informativa. Seguindo as diretrizes da OAB, ela pode ajudar o escritório a manter sua base de contatos atualizada, demonstrar autoridade e criar oportunidades de negócios.
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