5 razões pelo qual o advogado não pode ostentar

Por que o advogado não pode ostentar?

A advocacia é uma profissão regida por princípios éticos e morais rigorosos, e um dos pontos frequentemente destacados é a necessidade de discrição e sobriedade por parte dos advogados. Entre as várias regras estabelecidas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), está a proibição da ostentação, seja em ambientes profissionais ou nas redes sociais.

Mas por que os advogados não podem ostentar? Neste artigo, vamos explorar as 5 razões por trás dessa restrição e como ela reflete a essência e a ética da profissão jurídica.

1. Preservação da dignidade da advocacia

A advocacia não é apenas uma profissão, mas também um serviço essencial à sociedade e à justiça. Por isso, advogados são vistos como defensores da lei e dos direitos dos cidadãos, ocupando uma posição de confiança e responsabilidade. O Código de Ética e Disciplina da OAB estabelece que a conduta do advogado deve sempre preservar a dignidade e a seriedade da profissão.

Ostentar riqueza, bens materiais ou estilo de vida luxuoso pode passar a imagem de que a advocacia é um meio para alcançar status social e poder financeiro, o que fere os princípios de sobriedade e discrição que a profissão exige. A ostentação pode desviar o foco do verdadeiro papel do advogado, que é o compromisso com a justiça e a defesa dos interesses de seus clientes.

2. Evitar a mercantilização da advocacia

A OAB tem uma posição clara contra a mercantilização da advocacia, ou seja, o tratamento da profissão como um negócio puramente comercial. O advogado não pode atuar como um “vendedor” de serviços jurídicos, e a ostentação pode passar uma imagem errada, dando a impressão de que o sucesso do advogado está apenas relacionado ao seu acúmulo de riqueza.

Esse tipo de comportamento pode comprometer a confiança do público na advocacia como uma profissão séria e ética. Quando advogados exibem um estilo de vida exageradamente luxuoso, pode-se criar a percepção de que eles estão mais interessados em ganhos financeiros do que em cumprir sua missão de servir à justiça e defender os direitos das pessoas.

3. Respeito ao Código de Ética da OAB

O Código de Ética e Disciplina da OAB é claro ao estabelecer que a conduta dos advogados deve ser marcada por moderação, sobriedade e respeito à ética profissional. A ostentação, seja através de bens materiais, carros de luxo ou viagens extravagantes, vai contra esses princípios.

Nas redes sociais, por exemplo, advogados devem ter cuidado ao compartilhar informações sobre seu estilo de vida pessoal. Publicações que exibem luxo podem ser interpretadas como uma tentativa de autopromoção indevida, o que é proibido pela OAB. A discrição no comportamento e na imagem que o advogado transmite é essencial para manter a reputação da profissão e evitar que a prática jurídica seja associada a práticas mercantilistas.

Saiba como funciona o marketing jurídico, clicando aqui.

4. Manutenção da confiança e respeito dos clientes

A relação entre advogado e cliente é baseada em confiança mútua. Quando um advogado adota um estilo de vida de ostentação, isso pode criar uma barreira entre ele e seus clientes, especialmente aqueles que estão passando por dificuldades financeiras ou enfrentando situações de vulnerabilidade.

Clientes que percebem ostentação por parte de seu advogado podem questionar se seus interesses estão realmente sendo colocados em primeiro lugar. A percepção de que o advogado está mais preocupado com seu próprio sucesso e luxo pode enfraquecer a confiança e o respeito, elementos essenciais para uma relação profissional saudável.

5. Imagem de seriedade e compromisso

A imagem que o advogado projeta tem um impacto direto em como ele é percebido pelos colegas de profissão, clientes e pela sociedade em geral. Ostentar pode prejudicar essa imagem, fazendo com que o advogado pareça mais interessado em questões materiais do que em seu compromisso com a ética e a justiça.

Os advogados são convidados a manter uma postura profissional séria e respeitosa em todos os aspectos de sua vida pública e profissional. Isso inclui evitar comportamentos que possam ser vistos como exibicionistas ou desnecessariamente extravagantes.

A proibição da ostentação por advogados vai muito além de uma simples regra; ela reflete a essência da ética profissional que guia a advocacia. Advogados são chamados a agir com moderação, discrição e seriedade, preservando a dignidade da profissão e mantendo a confiança dos clientes e da sociedade. Ao evitar a ostentação, os advogados reafirmam seu compromisso com a justiça, a ética e o serviço público, elementos fundamentais para o sucesso na advocacia.

Para mais informações sobre o Código de Ética da OAB e as regras que regem a profissão, confira o artigo da OAB Brasil, clicando aqui.

Compartilhe e tenha novas ideias

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp